Aula Bíblica Novos Convertidos, cpad – Lição 07: Sobre a vingança e o amor


A paz do Senhor Jesus Cristo a todos que amam a palavra de Deus, sejam muito bem vindos.



Professor(a). Planejar antecipadamente sua aula é algo indispensável para alcançar os resultados esperados em classe. Por essa razão é importante que você estabeleça metas a serem alcançadas. Prepare o esboço da lição e se esforce para estudá-lo durante a semana, selecione os recursos didáticos que utilizará na aplicação da aula; pense nas ilustrações ou exemplos que serão melhores assimilados pelos alunos, elabore algumas perguntas que estimularão seus alunos a pensarem no tema; e é claro, ore pedindo a capacitação do Espírito Santo. Saiba que Ele é o seu Auxiliador nesse ministério do Ensino. Ao longo da semana interceda também por cada aluno e suas respectivas famílias.


__Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os alunos:

__ Tenha todo o material da aula à mão para que não haja interrupções.

__ Receba seus alunos com muito amor e alegria. Aqueles que tem faltado, mostre o quanto faz falta. O quanto é especial.

__ Perguntem como passaram a semana.

__ Escutem atentamente o que eles falam.

__ Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.

__ Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.




Ore com seus alunos(a). Observe se á algum pedido especial, pois as vezes pode ter acontecido algo com eles, e a sua oração, será aquilo que pode deixar tranquilo e confiante em Deus.


CONHEÇA OS SEUS ALUNOS
Cada aluno(a) representa uma oportunidade de mudar o mundo. Os princípios que você partilha com uma pessoa podem influenciara vida de muitas outras. Mas essa influência não será alcançada sem atenção exclusiva a um indivíduo. Uma palavra pessoal, um bilhete de encorajamento, um conselho particular — é preciso muito pouco para causar um grande impacto.

Ao longo da Bíblia, vemos Jesus chamando pessoas solitárias em meio a uma multidão e ministrando a elas pessoalmente. Todos eram importantes para Ele — um de cada vez. Ninguém era descartável, Cada um tinha um potencial único." (TOLER, Stan. Minutos de Motivação para Professores. Rio de Janeiro CPAD, p. 11).


ANTES DA AULA
O papel do professor(a) da Escola Dominical vai além da tarefa pedagógica de ensinar conteúdos bíblicos. Todo professor(a) é também um líder de sua classe, ao escrever sobre liderança familiar o Dr. Stephen Adei, em seu livro Seja o líder que sua família precisa (CPAD, p. 27) apresentou o conceito dos três "M"s da liderança espiritual, que pode ser útil para o professor(a).

Segundo o Dr Adei, o líder deve ser um modelo, um ministro e um mentor. Deve ser um modelo, porque os seguidores veem, um ministro porque os outros sentem e um mentor, porque os outros ouvem ao assumirmos o papel de professores da classe de Escola Dominical, precisamos ter a consciência de que estamos assumindo a liderança sobre o grupo de alunos e precisamos exercer essa liderança de forma a edificá-los.

Ore, estude, pesquise, analise e prepare-se para mais este encontro com seus alunos. Busque a renovação do Espírito Santo para a sua própria vida.




Apresentem o título da lição:
 Sobre a vingança e o amor
  • Professor(a). Esta lição apresenta princípios do Reino de Deus que chocam-se frontalmente com o senso comum da sociedade de nossa época, assim como aconteceu com a sociedade da época de Jesus. Isso porque Jesus fala aqui de não reagirmos às agressões dos inimigos e ainda amá-los e orarmos em favor deles. Explique aos seus alunos que não é fácil mesmo viver esses princípios ensinados por Jesus, mas é, sim, possível. Em primeiro lugar, somente aqueles que um dia passaram pela conversão em Cristo, permitindo a ação do Espírito Santo de Deus em suas vidas, têm a possibilidade de viver esses princípios em sua plenitude, pois foi gerada neles, desde o dia em que entregaram-se a Cristo, uma nova natureza. Só com a natureza antiga, pecaminosa, o ser humano nunca atingiria os ideais do Reino de Deus. Para isso, é preciso uma nova natureza, de ordem espiritual. E em segundo lugar, lembre aos seus alunos também que quando passamos, como cristãos, por dificuldades, podemos buscar forças em Deus, que derramará o seu amor em nossos corações (Rm 5.5) para nos dar condições de cumprir a sua vontade.


Momento do louvor
Cante:
Movimente-se cante com alegria .
Ensine como devemos adorar a Deus e porque devemos.
Créditos na descrições dos vídeos abaixo:

Adhemar de Campos - Ele é o Leão da Tribo de Judá 


Jesus Cristo Mudou Meu Viver


Sérgio Lopes - A força do perdão






SUGESTÃO
COMO FAZER UMA RODA DE CONVERSA
      Ao invés de somente escutar o que os professores estão ensinando, os alunos têm a oportunidade de dar a sua opinião, ouvir e aprender. 
_____ A roda de conversa é um método bastante utilizado há diversos anos, mas geralmente não é visto como uma prática pedagógica.
_____ Apesar disso, o seu objetivo é a construção de um espaço de diálogo que permita aos alunos(as) se expressarem e aprenderem em conjunto.

Para criar uma roda de conversa, o professor(a) deve fazer um planejamento, estabelecer as regras e intervir quando necessário para garantir a sua compreensão e dos alunos.

O professor(a) deve estabelecer inicialmente que todos devem ser protagonistas. Devem aprender a respeitar o que o outro tem a dizer, não interromper e esperar a sua vez de falar.



RODA DE CONVERSA
SUGESTÃO DE MÉTODO
A aprendizagem acontece de diferentes maneiras e quanto mais possibilidades são exploradas, melhor. Para envolver todos os alunos e desenvolver mais autonomia e coletividade, a roda de conversa é uma ótima metodologia que pode ser aplicada em todas as aulas.
  • Ao invés de somente escutar o que os professores estão ensinando, os estudantes têm a oportunidade de dar a sua opinião, ouvir e aprender.


CONVERSE COM SEUS ALUNOS
PROPOSTA PEDAGÓGICA
  • Professor(a). A lição de hoje constitui-se uma excelente oportunidade para você clarificar na mente de seus alunos alguns dos princípios mais elevados do Reino de Deus, e que envolvem o amor aos inimigos, a renúncia, o perdão, a compaixão, a generosidade, a liberalidade e o desprendimento.

  • Para ilustrar esses princípios, reúna resumos de histórias e belas experiências de grandes homens de Deus do passado que encarnaram esses princípios. Essas histórias enriquecerão ainda mais a sua aula e, com certeza, inspirarão os seus alunos a viverem os ideais do Reino de Deus.

  • Lembre-se que, como professor de discipulado, você deve não apenas orientar os seus alunos e esclarecer suas dúvidas, mas também estimulá-los, inspirá-los a viverem os valores do Evangelho no dia a dia de suas vidas.








Trabalhem os pontos levantados na lição, sempre de forma participativa e contextualizada.


      


MEDITAÇÃO
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas perante todos os homens. (Rm 12.17).



REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
  • SEGUNDA - Romanos 12.9-21
  • TERÇA - Provérbios 20.22
  • QUARTA - Provérbios 24.29
  • QUINTA - Provérbios 25.21,22
  • SEXTA - Salmos 112.5
  • SÁBADO - 1 Coríntios 13.1-7


TEXTO BÍBLICO BASE
Mateus 5.38-48
38 - Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente,

39 - Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal;

mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;

40 - e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa;

41 -e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

42 - Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.

43 - Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo.

44 - Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,

45 - para que sejas filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.

46 - Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

47 - E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?

48 - Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.



OBJETIVOS
Na lição de hoje, sua aula precisa atingir os seguintes alvos:
  • 1 Enfatizar aos seus alunos que o cristão não deve ser litigioso e deve ser generoso;

  • 2 Explicar que o amor do cristão deve ser como o amor de Deus, estendendo-se também para os seus inimigos;

  • 3 Conscientizar seus alunos de que o cristão é chamado para viver uma vida de perfeição em Cristo.


INTRODUÇÃO
  • Na lição de hoje, Jesus lembra o princípio básico de justiça na lei de Moisés, representado na expressão “Olho por olho e dente por dente” (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). Ao estabelecer esse princípio no Antigo Testamento, em nenhum momento Deus estava encorajando os homens a saírem por aí retribuindo todas as agressões que sofressem. O objetivo divino era evitar que criminosos recebessem penas maiores que os seus crimes cometidos, controlando os excessos, tão comuns no antigo
  • Oriente Próximo. Tratava-se da defesa do que hoje é conhecido como princípio penal da proporcionalidade da pena em relação ao crime. É um princípio correto e justo. Porém, Jesus, não condenando o princípio legal, apresenta, por sua vez, uma alternativa mais elevada para os seus discípulos: A não retaliação. E em seguida, enfatiza o amor como algo a ser estendido não só a quem nos ama, mas também aos nossos inimigos (Mt 5.43-48).


1. A VINGANÇA NÃO É DE CRISTO
1.1. A outra face, a capa, a segunda milha e o emprestar. 
Quando Jesus usa a figura do “dar a outra face”, do “dar a capa” e do “andar a segunda milha”, Ele não está sendo literalista, mas está usando essas figuras fortes para enfatizar um princípio: o cristão não deve ser litigioso. Ele não deve ser retaliador, não deve retribuir o mal com o mal, mas deve ser perdoador, pacificador, não beligerante, e sim superior em suas ações. Ele não deve se
igualar ao agressor, descendo ao seu nível, contra-atacando com outra agressão, mas deve buscar a paz, a conciliação. Da mesma forma, quando Jesus fala de “dar a quem pedir” e “não se desviar daquele que quer que lhe empreste” (Mt 5.42), Ele não está dizendo que o cristão deve sair por aí dando dinheiro a qualquer um que lhe pedir, mas, sim, que deve ser generoso;
que estando em condições de dar e emprestar, e a causa sendo justa, o cristão deve, sim, dar e emprestar. Mas tal não pode ser um amor burro, tolo, imprudente, leviano, mas um amor sábio. O amor é prudente (1 Co 13.4-6).


1.2. A “vingança” na Bíblia.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos, encontramos muitas passagens que falam de vingança como algo positivo, notadamente as passagens que se referem à vingança divina - fato que, às vezes, causa uma certa estranheza ao leitor hodierno da Bíblia. Isso porque o termo vingança traz à nossa mente a ideia de algo que não tem um valor ético louvável. Como,
então, entender essa discrepância? A questão é que o termo vingança, em si mesmo, em seu sentido original e não com a
conotação popular que ganhou com o passar do tempo, nada mais é do que castigar ou punir alguém de quem recebemos uma lesão real, seja ela uma lesão em palavras ou atos. É nesse sentido que o termo aparece muitas vezes na Bíblia. Nesses casos, vingar significa literalmente defender, indenizar, compensar,
desafrontar, isto é, responder justa e proporcionalmente a uma lesão genuína. Resumindo, vingar, nesses casos, significa fazer justiça. 

É como quando afirmamos nos dias de hoje que quando um criminoso é condenado na justiça pelo seu crime, a pessoa que foi lesada por ele e a sociedade são vingadas. Vingança, portanto, em seu sentido original usado na Bíblia, só aparece como um mal quando é:


  •  (1) fruto de um senso distorcido de justiça, 

  • (2) aplicada desproporcionalmente, 

  • (3) aplicada pelos meios e pelas pessoas erradas. 


Vingança nessas condições é o que chamamos de vingança no sentido popular usado hoje em dia: É fazer justiça pelas próprias mãos, sem um julgamento justo e sem regras que respeitem os direitos do acusado. Ora, a Bíblia condena esse tipo de coisa. Aliás, a sociedade ocidental condena essa vingança porque seu sistema jurídico foi erigido sobre os princípios judaico-cristãos. Portanto, o termo “vingança” na Bíblia nem sempre significa mero revanchismo, resposta ilegal ou desproporcional a um ataque que sofremos ou retribuir uma maldade com outra maldade. Depende muito do contexto onde ela se encontre no texto sagrado. Na maioria das vezes em que o termo aparece na Bíblia, o sentido é apenas de fazer justiça, como no caso de Apocalipse 6.10, onde a vingança é executada pelo Justo Juiz: Deus.



1.3. Cristo e o perdão.
A Bíblia, de forma geral, desestimula os servos de Deus a buscarem vingança (no sentido original bíblico) aqui na Terra. Em lugar disso, estimula os servos de Deus a exercerem o poder do perdão - e isso não só no Novo Testamento, mas no Antigo Testamento também (Lv 19.18), de maneira que quando Jesus estava orientando seus discípulos a não retribuírem o mal com o mal, mas perdoarem e serem bondosos com os que os maltratavam, Ele não estava, na verdade, falando de nada que fosse completamente estranho à lei mosaica. Sim, a lei mosaica legitimava o “olho por olho”; ela não o condenava. Porém, ela também apresentava o perdão como uma alternativa (Lv 19.18). Jesus, por outro lado, colocou o perdão em primeiro plano. E mais: seguindo o princípio da justiça mais elevada, de que falamos na Lição 3 desta revista, Ele foi além, condenando de forma geral o retribuir o mal com o mal. Ou seja, a
vingança não é de Cristo.




1.4. Cristo não desautorizou de forma geral a reparação legal. 
Quando Jesus diz para seus filhos preferirem sofrer o dano em vez de procurar repará-lo, não está desautorizando de forma geral a reparação legal, muito menos a reparação via justiça secular em casos graves. Ele mesmo citou como bom exemplo o caso de uma viúva que importunava um juiz iníquo para que este julgasse com correção a sua causa, e seu dano fosse finalmente reparado legalmente (Lc 18.1-8). O que Jesus estava querendo dizer é que nunca devemos fazer justiça com as nossas próprias mãos e que devemos relevar as injustiças e maus tratamentos do cotidiano, que sofremos eventualmente no dia a dia. E mais: que devemos também confiar que o Senhor, que é o Justo Juiz, e que também foi ofendido por aquela ofensa ou ataque a seus filhos, irá vingar (julgar, compensar, reparar, punir, castigar) o mal feito contra seus filhos. Há também o fato, frisado nas Sagradas Escrituras, de que, independente de a punição secular ser dada ou não ao ofensor, o cristão ofendido deve sempre perdoar o ofensor e não retribuir o crime com outro crime, a maldade com outra maldade, o erro com outro erro. Não retribuir o mal com o mal não quer dizer que, cometido um crime contra mim, minha família ou próximos, não devamos denunciar o crime para que o criminoso seja preso e condenado pelos seus crimes. Não retribuir o mal com o mal quer dizer: “Não haja com ele da mesma forma que ele agiu com você. Não retribua a maldade com maldade, injustiça com injustiça. E, apesar de tudo, não guarde mágoa ou rancor, mas perdoe e siga em frente”.



1.5. O poder do perdão.
O perdão exerce um poder transformador tanto sobre a vida de
quem é o ofendido quanto de quem é o ofensor. Sobre o ofendido, tem o poder de curar a ferida aberta; e em relação ao ofensor, tem o poder de fazer com que reflita sobre seus atos, caia em
si, arrependa-se e mude seu comportamento. O amor constrange.' O amor transforma. Mas, para isso, deve ser um perdão, um amor, não só em palavras, mas também em obras (Rm12.20), o que só é possível pela ação do Espírito Santo em nossas vidas (Rm 5.5).



AUXÍLIO TEOLÓGICO 1
‘“Sede vós perfeitos como é perfeito o vosso Pai que está nos céus’ (Mt 5.48). Este parece ser um conselho desesperador, mas a
interpretação correta é que, na esfera humana, devemos ser perfeitos, assim como Deus é perfeito na esfera divina. Este é o alvo e o objetivo da vida cristã. O contexto imediato [dessa
passagem] sugere que ‘perfeito’ deva ser interpretado como perfeição em amor. Isto pode ser experimentado na vida aqui e agora (1Jo 2.5; 4.12,17,18). [...] A perfeição transcendente
do amor de Deus é vista em (1) sua universalidade, pois todos os homens estão incluídos; (2) em sua compaixão, pois Ele a estende aos ímpios e indignos, incluindo aqueles que não o amam em retribuição; (3) em sua praticidade, pois busca ativamente o bem-estar deles enviando a chuva e o sol - e, acima de tudo,
enviando o seu Filho. Somente quando o nosso amor é assim perfeito é que pode ser considerado sobrenatural e verdadeiramente cristão. Tal amor não é só o nosso dever atual,
mas o nosso privilégio atual, através do poder do Espírito. Sem ele, o que fazemos mais do que os outros? Deus graciosamente concede a todos aqueles que o buscam um amor perfeito
por Ele e por sua vontade. Depois disso, o cristão busca uma manifestação ainda mais perfeita desse amor em sua vida e conduta. Por ser mos finitos, essa perfeita manifestação nunca
será completamente alcançada neste mundo, mas cada seguidor consagrado de Cristo deve constantemente se esforçar para alcançá-la (Fp 3.12-14)” (Comentário Bíblico Beacon.
Vol. 10. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.62).



2. AMAR O PRÓXIMO É AMAR A DEUS
2.1. Amai a vossos inimigos.
Jesus tratou antes do tema da vingança justamente porque Ele queria, na sequência, falar sobre amar os nossos inimigos. O interessante é que Jesus, ao citar o mandamento “Amarás o teu próximo” (Mt 5.43 a), que se encontra no Antigo Testamento justamente naquela passagem que também condenava a vingança (Lv 19.18), acrescentou em seguida “...e aborrecerás o teu inimigo” (Mt 5.43 b), o que não está escrito em parte alguma
do Antigo Testamento. A razão para isso é que Jesus estava chamando a atenção dos seus discípulos para um acréscimo que os mestres judeus de seus dias haviam feito e que consideravam uma fiel interpretação do texto sagrado. Segundo eles, o próximo
que eles deveriam amar e do qual nunca deveriam se vingar era o seu próprio povo, os da sua religião, e não as pessoas de
forma geral. É verdade que há passagens do Antigo Testamento que dá margens para essa interpretação, mas também é fato que
não há nenhuma ordem explícita de odiar os inimigos no Antigo Testamento. Jesus, por sua vez, condena explicitamente esse
acréscimo, afirmando que devemos, sim, amar os nossos inimigos, aqueles que nos maltratam e perseguem, sejam ou não do nosso povo, família, grupo ou fé.



2.2. Deus é compassivo com todos:
devemos ser como Ele. O próprio Deus, conforme frisa Jesus, mesmo condenando a impiedade, pela sua graça e misericórdia,
concede sol e chuva para justos e injustos igualmente (Mt 5.45 b). Ora, se somos filhos de Deus, se o amamos mesmo como nosso Pai e Senhor, devemos agir como Ele (Mt 5.45 a). Ou seja, amar o próximo é amar a Deus.


AUXÍLIO TEOLÓGICO 2
‘“ Não resistais ao mal’ (Mt 5.39). Jesus não está falando contra a administração da correta justiça aos malfeitores (Rm 13.1-4).
Os versículos que se seguem (w.43-48) indicam que Ele se refere ao caso de amarmos os nossos inimigos (v.44; Lc 6.27). Não devemos reagir com espírito de ódio contra o mal praticado contra nós, mas de maneira que demonstre que possuímos valores centrados em Cristo e no seu Reino. Nosso tratamento
para com aqueles que nos fazem mal deve ser de tal modo que os leve a aceitar Cristo como ,seu Salvador. Como exemplos desse espírito, compare Gênesis 13.1-13 com Gênesis 14.14, e Gênesis 50.19-21 com Gênesis 37.18-28. Veja também 1 Samuel 24.26, Lucas 23.34 e Atos 7.60” (STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1395).


3. BUSCANDO A PERFEIÇÃO DE CRISTO
3.1. A nossa justiça não deve se igualar a dos publicanos.
Os publicanos eram os cobradores de impostos para o Império
Romano. Exatamente por sua função, mas não apenas por ela, pois costumavam ter também uma vida de devassidão, os publicanos eram considerados desprezíveis pela maioria dos
judeus de sua época. Eles eram tidos “como estando no patamar mais baixo da escala da iniquidade” pelos judeus dos tempos de Jesus (Comentário Bíblico Beacon, vol.6. CPAD, p. 61). Logo, Jesus afirma que se os escribas e os fariseus defendiam que deveríamos odiar os nossos inimigos, eles estavam, na prática,
defendendo uma ética que em nada se distanciava da ética dos publicanos (Mt 5.46,47). Ou seja, a justiça dos escribas e fariseus era tão baixa quanto à dos publicanos, a quem desprezavam. A nossa justiça, como filhos do Reino, deve exceder a de ambos. Devemos seguir o padrão do nosso Pai (Mt 5.48), que é o padrão de Cristo.


3.2. Chamados para sermos perfeitos.
Não somos perfeitos, mas somos chamados para sermos perfeitos (Mt 5.48). A vida cristã, essencialmente, nada mais é do que isso:
um processo constante de aperfeiçoamento operado por Deus em nossas vidas pela ação do seu Santo Espírito; um processo diário de santificação. E o nosso modelo nesse processo, o nosso alvo, o nosso padrão, é Cristo (Rm 8.28,29; Ef 4.12-16). Busquemos, pois, a perfeição de Cristo!


AUXÍLIO TEOLÓGICO 3
“A marca do verdadeiro filho ‘do Pai que está no céu’ (Mt 5.45) é ter o coração do Pai. Repare na acusação do irmão mais velho da
Parábola do Filho Pródigo, em Lucas, o motivo de ele recusar amar seu irmão errante (Lc 15.25-31). Assim também Jesus exige amor incondicional. O perdão amoroso recebido de Deus requer que o perdão amoroso seja dado aos outros (Mt 6.12; 18.21-35)” (Stanley Horton (Ed.). Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.48).


CONCLUSÃO
O padrão ético do cristão está bem acima do padrão ético do mundo. Simplesmente, esse padrão é o padrão de Deus. Logo, devemos honrar a Deus e nos tornar cada vez mais humildes pelo fato de termos o compromisso de pregarmos e vivermos os valores divinos neste mundo tão corrompido. Cristo é o nosso
modelo. Sigamos, pois, o seu exemplo.



VERIFIQUE O SEU APRENDIZADO
1 . O que Jesus estava ensinando ao usar as figuras da “outra face”, do “dar a capa” e do “andar a segunda milha”?
R. Ele está usando essas figuras fortes para enfatizar um princípio: o cristão não deve ser litigioso. Ele não deve ser retaliador, não deve retribuir o mal com o mal, mas deve ser
perdoador, pacificador, não beligerante, superior em suas ações. Ele não deve se igualar ao agressor, descendo ao seu nível, contra-atacando com outra agressão, mas deve buscar a paz, a conciliação.





2. Quando é que o termo “vingança”, em seu sentido original na Bíblia, aparece em um sentido totalmente negativo, que é o usado hoje?
R. Quando é fruto de um senso distorcido de justiça, aplicada desproporcionalmente e pelos meios e pessoas errados.




3 . Jesus desautorizou de forma geral a busca por reparação legal?
R. Não. Ele mesmo citou como bom exemplo o caso de uma viúva que importunava um juiz iníquo para que este julgasse com correção a sua causa, e seu dano fosse finalmente reparado legalmente (Lc 18.1-8).




4. Há algum texto do Antigo Testamento condenando a vingança? Se sim, qual?
R. Sim, há: Levítico 19.18.




5. No que consiste, essencialmente, a vida cristã?
R. Ela é um processo constante de aperfeiçoamento operado por Deus em nossas vidas pela ação do seu Santo Espírito; um processo diário de santificação.










   
Fonte: Créditos da lição- Novos Convertidos - CPAD.





Para concluir, utilizem a:
Dinâmica: A Marca do Discípulo
Objetivo:
Refletir sobre o amor – a marca do discípulo de Jesus.
Material:
01 coração pequeno para cada aluno

Procedimento:
- Falem: “Conta-se que certo homem estava participando de um concurso do Coração Mais Bonito. Seu coração era lindo, sem nenhuma ruga, sem qualquer estrago. Até que apareceu um homem idoso e apresentou seu coração, afirmando que era o mais bonito, pois nele havia marcas. Vários tipos de comentários surgiram e perguntaram: “Como seu coração é o mais bonito, com tantas marcas?” O homem idoso então explicou que era por isso mesmo que seu coração era lindo. Aquelas marcas representavam sua vivência, sua experiência, suas atitudes em amar as pessoas. Finalmente, todos concordaram que o coração mais lindo era aquele com marcas de amor em ação”(autoria desconhecida).

- Falem: Fomos alcançados pelo amor de Deus.

Leiam João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

- Agora distribuam um coração pequeno para cada aluno, representando o amor pelo qual fomos alcançados.

- Também afirmem que é pelo amor que somos reconhecidos como discípulos de Jesus.

Leiam João 13.34 e 35:

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

- Agora, reflitam com os alunos, olhando para o coração que temos nas mãos:

Que marcas deste amor podemos compartilhar com os outros?

Nós, como integrantes da Igreja, o que estamos fazendo para que as pessoas sejam alcançadas pelo amor de Deus?

Estamos praticando na verdade o amor, cotidianamente, nas ações com o próximo?

- Peçam para que os alunos troquem os corações entre si, promovendo um momento de congratulação, de “troca de amor”, representando as verdadeiras ações amorosas que devem existir entre as pessoas.
Fonte da dinâmica por Sulamita Macedo, blogatitudedeaprendiz.blogspot.com.



    



Discipulando - 3º Ciclo: Tema: Vivendo as Verdades Bíblicas


Discipulados, dinâmicas, textos para reflexões - Arquivo





Conhecendo Jesus e o Reino de Deus – Novos Convertidos
Justificativa: A nova Revista Discipulando está estruturado em 4 Ciclos, isto é, são quatro trimestre ao longo de um ano de curso.
1. Revista 1:
Conhecendo Jesus e o Reino de Deus
2. Revista 2:
Conhecendo as Doutrinas Cristãs
3. Revista 3:
Vivendo as Verdades da Fé
4. Revista 4:
Portando uma nova identidade
Portanto, poderíamos assim destacar os objetivos do presente currículo de Discipulando:
• Formar o novo convertido como discípulos de Jesus à luz do Evangelho.

• Conceituar o Reino de Deus e expressar os seus aspectos e implicações para vida do novo convertido.

• Conhecer as principais doutrinas bíblicas com ênfase na experiência pentecostal clássica.

• Estimular o novo convertido a aplicar os ensinos bíblicos doutrinários à sua vida cotidiana.

• Conscientizar o novo convertido de sua nova identidade, a cristã.
Se é ensinar, haja dedicação ao ensino. Romanos12 : 7b.
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